domingo, 15 de abril de 2012



faço de mim tão pouco, cadernos e cadernos, livros e livros
vozes caladas na beira de qualquer abismo
tão poucos escutam...

Marcia Poesia de Sá



Faço de cada dia um traço
de crayon que exige de
mim, pinceladas de ilusão.

Tão distante estou de mim,
pouco se vê daquilo que doo.

Cadernos avulsos espalhados
e anotações dispersas...
Cadernos intrusos declarados.

Livros de auto-ajuda rabiscados
e lembranças fugidias...
Livros de permuta abandonados.

Vozes indicariam um caminho mas
caladas, são mudos labirintos.

Na possibilidade obtusa, à
beira da loucura mais sã,
de sumidouros até uma razão
qualquer que encaixe as peças...

Abismo é desafio e opção.

Tão distante estou de mim,
poucos vêem o meu voo.

Escutam e não entendem o meu adeus.

Anorkinda


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