segunda-feira, 19 de setembro de 2011



Em tela-soneto

Pintei com tuas tintas um quadro risonho.
Da obra que nasceu, de autoria minha,
embora tuas sejam as cores do sonho,
gerou um vórtice, uma luz diminuta.

Rodopiei ali, deliciada em encanto,
na dimensão da pintura e sozinha
adentrei na atmosfera e no canto,
melodias da candura mais solta.

Não quis, mesmo se pudesse,
sair deste redimensionamento.
Deixei que a tela me falasse...

Do porvir deste novo amor,
em aquarelas de sentimento.
Dancei com as minúcias em fervor...

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