domingo, 11 de dezembro de 2011



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Graças

Um dia após o outro
traz suas graças
às vezes dá o troco
furos feitos por traças

Dos dias não te desfaças
não arrisque-se no logro
Um dia após o outro
traz suas graças

Não devolvas o soco
das pretensas desgraças
Encontre-se no outro
Todo o bem faças
um dia após o outro

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Ballet poesia

Ser poesia
é como preparar-se,
bailarina.
É condensar-se
em rosas nuvens
e bailar no ar.

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E a borboleta voa...

Flores brilhantes
e ela sobrevoa...
Asas diamantes
e não voa à toa...

Borboleta boa,
absorve os instantes...
Flores brilhantes
e ela sobrevoa...

Carícias rasantes
e uma leve garoa...
O viço em extasiantes
prazeres não escoa...
Flores brilhantes

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Olhos e mares

Se azuis, teus olhos
são dias de sol
no mar de meus desejos

Se negros, teus olhos
são noites sem luar
nas ondas de teus beijos

Se verdes, teus olhos
são reflexos da natureza
na transparência salgada do mar

Se castanhos, teus olhos
são das abelhas, o mel
na turbulência urgente de te amar!

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Amor adoração

É de um tom inaudível
aquela nota que ousa
cantar meu amor

É de uma cor invisível
aquele tecido que veste
a minha paixão

É uma poesia indecifrável
aquela que reveste
a aura de primor

É um lugar inalcançável
aquele onde repousa
a minha adoração

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(Mandala de Marcelo Dalla)

Pulso vermelho

Do seio da terra
ele vem crescente
o pulso, tambor
toda a gente sente

Do meio do Nada
ele vem cadenciado
o tom, primor
de um veio recuperado

Uma trilha refaço
caminho vermelho
cuidadoso passo

Uma luz à frente
a força do passado
na sabedoria presente
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Do avatar

Quem pode ver-lhe
a cor de uma pele
azulada, avatar,
ser das estrelas

Quem pode ver-lhe
a lua de uma pupila
escurecida, brilhar,
conexão celeste

Quem pode deter-lhe
a missão principal,
destinada, o raiar
de um novo tempo

Quem pode deter-lhe
a luz pacificadora,
entrada, o olhar
revelador dos mistérios

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JURAS E PROMESSAS

J á rasguei contratos
U m a um, com gosto
R abisquei em faturas
A nulando as lisuras
S órdidas do desgosto

E laborei planos novos

P ressenti a chegada
R ara da inspiração
O pulso em aceleração
M e avisou da virada
E ra a bem-aventurança
S entida pelos sentidos
S eduzida pelos vestidos
A marelos da mudança
S atisfeita nos aparatos

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Sorte e oportunidade

O que pode chamar-se
sorte é:
Estar no lugar certo
na hora certa
e preparado para isto.

Como? Deixando fluir.
Por quê? Pra ser feliz!

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sábado, 3 de dezembro de 2011


PAZ

E faça-se a paz
dentro de mim
desde agora

e para sempre

amém

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Quando o vento enverga os girassois

Nascido para seguir o astro-rei
em sua caminhada lenta e segura
pelo firmamento do dia, todo dia,
o girassol não dá sinais de rebeldia.

Mas, pelo devotamento dos girassois
a ventania estica seus lençois.
O decreto do tufão é vilania dura
em sua engalanada vicissitude.

E quando o vento dita uma lei,
sua passagem pelo campo, arte pura,
arqueia a coluna dos súditos do rei.

Os girassois em sábia envergadura,
deixam-se curvar numa atitude
passageira, como esta vã descompostura.

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Efeito Bumerangue

se você gosta de atirar
farpas contra o vento
lembre-se:
se não estás a favor dele,
a farpa virá
contra você...

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Quero... Quero...

De você, quero...
Ah... Como eu quero...
Declarada
a mais rasgada risada

De você, quero...
Quero e não nego...
Ritmada
a mais afinada toada

Quero você sincero...
Ah... Eu, apaixonada,
sem discernimento de nada...

Quero e não espero...
Quero estar enleada
num encantamento de fada...

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O Beijo da Brisa

Ah... Que bem-estar
que dá
quando a brisa
vem beijar
a poetisa...

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Vitória-régia

Vitória.
Missão
Pureza.

Régia.
Majestosa
Natureza.

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Nevoeiro azul

Estar atravessando
um nevoeiro azul
é como deixar o sul

Rumo ao norte
de um sentimento
carente de esquecimento

Estar apaziguando
o coração em degelo
é como cuidar com zelo

Da súbita morte
de um encantamento
vertente de sofrimento

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Águias-meditações

Proporcionas a visão
Águia, poder primordial
em minhas meditações

Direcionas a transformação
Águia, energia essencial
em minhas conexões

Pousas em elegância
Águia, porte sacerdotal
em minhas meditações

Repousas em reentrâncias
Águia, magia original
em minhas conexões

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Versos e flores

Abalando a estrutura escura
do frio, inverno, hibernação
as flores desbrocham e impõem
a alegria como ordem do dia

Selecionando a arte mais pura
em pétalas, cores, conjunção
as flores ornam os jardins
e compõem uma natural poesia

As lilases fazem rimas
aos pares, românticas
em parceria harmônica

As amarelas, obras-primas,
apresentam poemas múltiplos
pequenos hai-kais em ciclos

As flores na cor rosa
falam da alma feminina
em poesias pequeninas

As sempre-vivas, mimosas
exalam o perfume dos versos
no trocadilho dos universos

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Da aventura espacial

Céu estrelado
um tablado
palco iluminado

Onde dançam
os astronautas
um bailado livre

Sem pé nem cabeça

no espaço sem recompensa

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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

(foto de Fernando Mainar - Rio Guaíba, Porto Alegre)


Não guarde o nome de um rio

O nome de um rio
é como qualquer nome
rótulo ou encadernação

É passagem da mente
É viagem intelectual
O nome que as coisas tem

O nome de um rio
não conserva o fluir
o ir e o vir da bênção

É voo de inseto
É rogo sem ter fé
O nome que não convém

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Necrológios

Junto-me ao poeta
de minha terra
em Quintanares

A maldizer
dos relógios
abjetos necrológios

Junto-me à natureza
e sua grande beleza
em terras e mares

A desprezar
o ponteiro das horas
marcador de demoras

Junto-me aos anjos
e todos arcanjos
em louvores

A marcar
meus passos
no compasso

contínuo das esferas!

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Pétala vermelha

Incendeia o campo
pétala vermelha
cheia de ardor

Inteiro esplendor
povoa a primavera
beijos do Criador
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OVERDOSE ROSA

Pelos caminhos cinzas da vida,
certo dia, amanheceu primavera.
Foi surpresa, inesperada, atrevida,
dessas que a gente nunca espera.

A chuva de pétalas abriu cancelas,
perfumou a monotonia, foi uma bênção.
Das árvores, as folhas mais belas
farfalharam novidades de redenção.

A paisagem de uma overdose rosa
incitava ao amor e a compartilhar
das belezas únicas deste lugar.

No coração, a alegria escandalosa
denunciava ao mundo, o prazer
pelas mudanças neste bem-viver.

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REI

Majestade
Hereditária
Autoritária
Potestade

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Pensei...

que era fácil amar
compartilhar
e, enfim, felizes!

Penei...

a tentar amar
realizar
e, por fim, perdi!

Pesei...

prós e contras
e no final das contas...
Pendi!

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LATINHA MARGARIDA

Viceja a vida margarida
reciclagem na latinha

Almeja o povo, humanidade
por cor, perfume e amor

Lampeja a alma em brilho
abordagem margarida

Que seja sempre viva
a simplicidade em frescor!

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CARMIM

Cor viva
cor morta
cochonilha
sem vida
no corante
da morte
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Encantamento

Eu encantaria o dia,
este novo
que está pra nascer...
Com rebrilhos
de alvorecer!

Eu encantaria o olhar,
que acarinha
sem precisar tocar...
Com lágrimas
a faiscar!

Eu encantaria o chão,
este solo
onde pisas, descuidada...
Com perfumes
de terra molhada!

Eu encantaria o verso,
que aninha
toda bela canção...
Com mágica
de montão!

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segunda-feira, 14 de novembro de 2011


Floração

Em silêncio
os dias
passam
e germinam

Com paciência
os meses
passam
e vicejam

Em anuência
os anos
passam
e florescem

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Deserto

Por vezes minha vida
é deserto, paisagem
que vejo da janela
sem sonhos, pela fresta

Por vezes meu coração
parece sucumbir, aperto
que sinto no peito
pelos amores, sem festa

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Louvada seja!

Louvada seja toda existência,
canal por onde circula
a sabedoria universal!

Louvada seja toda espiritualidade,
conservatório de onde emana
a música das esferas!

Louvada seja toda experiência,
diapasão que afina
o amor universal!

Louvada seja toda especialidade,
joia onde brilha
a luz das esferas!

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Do eterno

Senti a fragrância do eterno
foi quando o mais terno
beijo estalou o amor

Senti a fortaleza do eterno
foi quando o mais fraterno
abraço aconchegou

Senti a flutuação do eterno
quando a mais doída
saudade despejou

lágrimas, molhando o caderno

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Livros, meus mundos

Em cada história
muitos pouquinhos
de mim viviam

Se eu puxar da memória
muitos personagens
em mim acordam

Eram horas de glória
no afã da leitura
em minha infância

As paisagens ilusórias
nas cores do devaneio
meus mundos, meus esteios...

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Não se afogue

Não se afogue no pranto da saudade
pois neste rio de lágrimas quentes
é mais saudável banhar-se, alarde
de quem muito vive tudo o que sente

Não se afogue na verde esperança
pois neste mar de desejos, dança
a hipnótica lua das vãs ilusões

Não se afogue no amor romântico
pois neste lago de suspiros
há um redemoinho e seus giros
podem confundir todo o cântico

Não se afogue no canto dos prazeres
pois nesta vertente de falsas teses
a neurótica mente inventa paixões

Não se afogue na roda-viva da vida
pois neste oceano de possibilidades
é muito fácil perder a firme guarida
do equilíbrio em falsas necessidades

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Chimarrão com pipoca

Em noite quente de verão
à estrela que cai, faísca
peço com o coração
saltitando
pipoca

Em noite amena, outono
à cadente estrelinha
peço com a emoção
derretendo
manteiga

Em noite fria de inverno
à estrela que voa, ligeira
peço com devoção
esquentando
chimarrão

Em noite fresca, primavera
à viajante estrelinha
peço com paixão
sorvendo
o mate

verde dos desejos!

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DOIS EM UM

Quando juntos
somos um só
coração

Quando longe
somos dois
desassossegos

Quando o amor
nos faz em nó
somos um só

Quando deixamos
tudo pra depois
somos dois

numa (con)fusão
de contras, prós
e desapegos

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segunda-feira, 7 de novembro de 2011


Ser amor,
não escolher o que se amará, mas ser amor.


Ser amor

Ao sentir a cabocla energia
da simplicidade em visita
se percebe o quanto é fácil
é simples ser feliz

Ao amar, diz Pena Branca
não escolha, não conheça
seja amor, é tão mais fácil

Ao pensar, e isto vicia
engendramos dificuldades
se engrandece o Homem
ponderando demais

Ao amar a própria energia
não imponha, não reconheça
seja amor no coração do Homem

Anorkinda

(inspirada neste texto: http://coisasdecasados.blogspot.com/2011/06/palavra-do-caboclo-pena-branca.html)

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Tens em mãos a fantasia, tens-me toda poesia. (Osvaldo Fernandes)

Tens a cura dos meus dissabores
em espaços, letras e linhas
mãos minhas te afagam os versos,
a rima e a inconstância da
fantasia insubordinável

Tens-me cativa dos teus humores,
toda minha vida e universo...
Poesia de alma instável


Anorkinda
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Sinta!

Sinta
e apenas
sinta

Pulse
e sinta
pulse

Ore
e sinta
ore

Cante
e sinta
cante

Chore
e sinta
chore

Ame
e sinta
ame
...muito!

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Pedra estrela

Chegou aqui de um paraíso distante
a pedra estrela de brilho intenso
ela provoca arrepios a todo instante

Pedra de diversas cores em uma
vem desfazendo tudo o que é tenso
várias facetas e também nenhuma

É mistério e profunda revelação
ela não pode ser encontrada
faz-se sentir noutra dimensão

E da mesma forma está aqui
a pedra estrela abençoada
em mãos divinas, cheias de si

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MINHA ALMA ASSIM FLUTUA

Quando estou a te lembrar
em meus sonhos a desvairar...

Minha alma assim flutua.
Beijando a imagem tua.

Quando quero pra ti voltar
em meus anseios a pirar...

Minha boca, enfim, denuncia.
Teu nome ela pronuncia.
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Autorrealização

A cada degrau, mais perto.
A subida era deliciosa...
A idade diminuía.

Rumo vertical, por certo.
Expectativa prosa
o futuro oferecia.

A cada suspiro, decerto
mais e mais curiosa...
Frenes aparecia.

Realização pessoal perto,
conclusão imperiosa:
a escada ruía!

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Saudade de meu amor

Ah... dia frio sem você
vontade de esconder
o sorriso e adormecer

Sem a cor do seu amor
viagem dolorida é viver
quero me desvanecer

Um dia sem você
é ver o sol se perder
sem brilho, morrer

Ah... apareça, amor
vontade de te ver
sorrir e florescer
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O Expresso dos sonhos

Coloridos e positivos vagões
a trafegar por um trilho
de luzes, imerso em nuvens

É o Expresso dos sonhos
a apitar um estribilho
de sons, disperso em ardores

São os desejos de cada um
a irradiar um brilho
de neon, universo em expansão

Está, nossa magnífica viagem
a criar um extenso rastilho
de amor, verso em composição

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sábado, 29 de outubro de 2011



Da imensidão do amor

Por ser imenso e infinito
o amor cabe em toda a fresta
bendita, aberta pelo destino

Por ser imenso e bonito
o amor se inscreve na testa
de todo apaixonado menino

Por ser imenso e divino
o amor faz uma linda festa
nos corações femininos

Por ser imenso e ladino
o amor dedica uma seresta
a cada vez que pequeninos

beijos estalam flashs pelo ar

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Reviravolta

É quando o mundo
faz um volta
completa
e eu
discreta
a zero grau,
lanço-me, solta
no amor profundo
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Brancos sonhos

é preciso paciência
tenacidade
e um amigo
a postos

para se escalar
a brancura
límpida
dos sonhos

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A musa do rei Vll

Uma linda mulher


Sua beleza em divã
senta-se a incrustar
na vida uma aura
de dourada divindade

Toda arte num afã
deseja lhe retratar
mas sua alma pura
exala humildade

Da nobreza é irmã
sente-se o amar
que na pele rara
verte naturalidade

Toda febre terçã
enseja lhe tocar
intermitente seara
a cultivar bondade

em natureza sã!
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Dorme e sonha

Dorme, garota, o sono
leve em conforto,
revigorante abono.

Sonha, garota, a trama
leve em absorto
idílio, tal uma dama.

Goza o descanso manso

num dia de alforria

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VOZ CALMA

Dentro de nós
há um caminho
desenhado
com carinho

É por ele
que a vida
impulsionará
a partida

para realizar nossa missão

A cada um de nós
o Espírito
fala com precisão
e sem grito

É preciso
ouvir nossa
voz calma
que endossa

toda escolha e decisão!

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