quarta-feira, 30 de setembro de 2009

CUIDADOS

O amor que sairia de dentro da gente
pode se acumular num grito mudo...
Cuidemos para dar vazão
Não asfixie o amor!

A paz que exerceria o comando
pode se fechar numa cela fria...
Cuidemos para lhe dar liberdade
Não cancele a paz!

A sorte que brotaria na tua vida
pode bater asas noutra freguesia...
Cuide para colorir teu jardim
Não espantes tua boa sorte!


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domingo, 27 de setembro de 2009

O que me dá prazer

O que você vê?
Meu rosto, meu riso?

O que você sente?
Minha paz, minha fome?

O que você conhece?
Meu nome, meu poema?

De tudo o que eu sou
Vês que porcentagem?

Do que há em mim
Dôo o que me dá prazer!

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sexta-feira, 25 de setembro de 2009


ÁGUIAS

Águias, tragam-me sempre instigada
Num manto de infinidades

Águias, levem-me sempre libertada
Num céu de eternidades

Águias, transcendem as alturas
E me guiam o coração

Águias, enternecem as planuras
E me doam satisfação

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(Josephine Wall)

CASAMENTO NA FANTASIA

De braços dados com a magia dos animais
Casamos em felicidade conjugada em rituais

Pervertemos sentidos e subjugamos ideais
De mãos dadas com imaginações surreais

De longe em longe iremos acordar casais
Que também tenham asas de pardais

Que amem os coloridos voos matinais
De boca em boca repassando segredos imortais

De tanto amar faremos milagres tais
Unindo em cores todos os Reinos Elementais

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Sem o controle

Nosso desejo pelo controle de tudo
De todos e até do próprio tempo
É loucura, é trabalho da mente
Um trabalho demente

Sujeito ao fim certo: frustração!

Nossa saída para a verdadeira felicidade
Para a leveza e tão sonhada paz
É soltar, é fluir no movimento
Fluir o pensamento

Quem agradecerá por isso? Teu coração!


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Além do Crespúsculo

Havia ali o sol
as nuvens
e a cor

Matizada cor no céu
muitos tons
e o dom

De enternecer o olhar
de brilhar
um contentamento

Alegria no êxtase
no horizonte
em reconhecimento

De que além do crepúsculo
um milagre
vai de novo acontecer


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VERSOS AO VENTO

Meus versos alados
Atravessam azuis
Arrrebatam rimas
Meus versos alados

Meus versos inspirados
Alcançam seus leitores
Acordam os sonâmbulos
Meus versos inspirados

Meus versos livres
Sopram sussurros
Afetam preconceitos
Meus versos livres

Meus versos autênticos
Confortam suas dores
Estremecem rancores
Meus versos autênticos

Meus versos amados
Desejam te encontrar
Suportam te esperar
Meus versos amados

Meus versos ternos
Pousam em tua tela
Acarinham teu sorriso
Meus versos ternos

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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

SONHO DE ÍCARO

Filho de Dédalo, a lenda
Em asas de liberdade
Sobrevoou imenso mar

Para sair da prisão, labirinto
Ícaro cedeu à inventividade
Próprio ímpeto estava a desafiar

Conselho do pai, equilíbrio
Evitar do sol proximidade
Subiu às alturas sem parar

Quentura do sol, inclemente
Cruel e real probabilidade
Derreteu o sonho de voar

Em queda livre, Ícaro
Final de efêmera felicidade
Entrou na enternidade a mergulhar

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AMOR...

Amor....
Como explicar ou traduzir
sentimento que confunde e faz sentir
da dor mais profunda à satisfação...

Amor sem sobrenome
ou endereço...
Sem sexo, sem rótulos, sem medo...
Sem cor, sem raça, sem nação...

Amor...
Resistente às explicações
é sentimento rebelde e faz intuir
as mais sublimes relações...

Amor sem codnome
nem adereço...
Está impregnado em genética, fonética...
Está absorvido na emoção..

Emoção que faz vibrar o sentimento
despido de preconceito
Vestido de aceitação!

Anorkinda Neide e Mavie Louzada.


CORAÇÃO INCENDIADO

Canção romântica
aquela que arrepia
tocou no peito
a suave melodia

Chama acalentada
em vivaz fogueira
que é o coração
desta vida arteira

Canção atiçadora
fez de novo arder
o peito nada afeito
à tarefa de te esquecer

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Confetes

Assim como no baile de carnaval
Os confetes que caem em chuva
Me enchem os olhos da ilusão
Afinadamente com o irreal

Elogios só são verdadeiros
quando coincidem dentro
De meus conceitos próprios
Intimamente sei dos freios

Confetes coloridos
me fazem sorrir
Gestos agradecidos

Confetes merecidos
me fazem cumprir
Em dons refletidos

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O Poeta

Semeador
de versos
estrelas

Ao compor
seu verso
em amor

O Poeta
universo
de sonhos

Acerta
universos
íntimos

Ao transpor
em versos
a ilusão

O Poeta
e seu verso
de amor

Afeta
inversos
sentimentos

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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A tecelã e o trovão

Uma pequena tecelã
vivia a tecer sonhos
com suas mãozinhas
e olhos tristonhos.

Ela tecia num afã,
sem piscadela,
um lindo amanhecer
de faíscas amarelas.

A pequena tecelã
sorria ao tecer
o céu azulado
e as pradarias.

Uma chuva vã,
num certo dia,
assustou a moça,
tremeu ventania.

A tímida tecelã
não podia ver
o céu em fúria
e a escurecer.

Em loucura sã
ela suplicou.
O forte trovão
lhe percebeu

frágil tecelã
em desespero
que tecia o céu
com tanto esmero.

Enviou sua irmã,
a luz-relâmpago,
para iluminar-lhe
um simples recado:

'Acalme-se tecelã
sou passageiro.
Vou embora logo
deixo-lhe o cheiro

da terra terçã
tão acostumada
aos ciclos mutáveis
de febre depuradora.

Querida tecelã,
vou-me agora,
volte ao teu céu
límpido em aurora

e eu como um ímã,
em magnetismo,
te amarei nesta
distância de abismo!'

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domingo, 20 de setembro de 2009


A Letra A

Ardilosa
Vogal
da Armadilha

Apimentada
Letra
do Ardor

Articuladora
Vogal
da Afinidade

Arrebatadora
Letra
do Afeto

Anestésica
Vogal
do Amor

Analgésica
Letra
da Alma

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CARTOLA


Sensibilidade que aflorou
Floresceu
encantou!


Poética que musicou
sambou
emocionou!


Genialidade que pulsou
batucou
superou


Humildade que conquistou
cativou
chorou!




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Até quando?

Você que segue
deturpando segredos
Ainda que negue

Você que desfaz
o poder da sinceridade
E ainda se satisfaz

Você que mente
danificando relações
Ainda que silente

Você que despreza
o amor incondicional
E anda na incerteza

Pergunto a provocar
Até quando
Vais a dor suportar?

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Um, dois, três


Um sorriso franco...
Dois olhares e ois...
Três passos tontos


Um cheiro de perfume...
Dois dedos de prosa...
Três suspiros prontos


Um flash na ideia...
Dois goles de vinho...
Três minutos sem fim


Um sabor de menta...
Dois beijos quentes...
Três noites fora de mim!


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sábado, 19 de setembro de 2009


SINAIS DE FUMAÇA

continues
não me desistas
perpetues
este imenso amor

desvirtues
os ritos densos
mistures
com nossos beijos

insinues
mais uma declaração
depures
esta nossa paixão

em sinais de branca fumaça

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IRMÃO SOL, IRMÃ LUA


A brincar no dia
que irradia
o irmão sol
dá a mão para o passeio


A sorrir, as flores
espetáculo de cores
exalam os perfumes
que acompanham o folguedo


A curtir o dia
de alegria
igual ao girassol
vibro satisfação e recreio


A esperar a noite
com boa sorte
a irmã lua
vem espantar todo o medo


A sentir a brisa
que avisa
o luzir dos vaga-lumes
sintonizo no fim do meu receio


A introduzir a noite
o uivo do coiote
chama a lua nua
que me faz companhia até de manhã cedo


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LUZ FLOR

Vem de dentro
a claridade
que conduz

Vem de ti
a luminosidade
que induz

Vem pra mim
a docilidade
que seduz

Vem pra fora
a suavidade
que reluz

Vem, flor
majestade
Rainha da luz!


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ESCADA NATUREZA

Beleza
Natureza
Linda subida

Clareza
Presteza
Escada vida

Realeza
Singeleza
Visão querida

Proeza
Certeza
Fé colorida


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MÃE GAIA, MEU TEMPLO

Com tua bênção
Terra minha
Surgi no tempo

Em teu corpo
Meu templo
Orei sozinha

Mãe Gaia
Entranha
sou rebento

Em tuas águas
movimento
me acompanha

Com devoção
Mãe minha
te cultuo

Em teu ventre
eu flutuo
essência marinha


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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

DESPONTAR

Deveras sempre vem a primavera
Depois do frio e da hibernação
Considere que sempre se espera
A chuva depois do forte trovão

Acaso percebes a cor daquela flor?
A despontar no seu silêncio
Reitere teu mirar com mais amor
Desta vez, totalmente cônscio

Dentro de nós, também aponta
pequeno botão
Frágil depois de tanta escuridão

Declare a sentença que desponta
em linda oração
E ancore por nós, toda a emoção

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(Liberdade- Josephine Wall)


Se eu pudesse...

Fazer parar o tempo...e rodá-lo para trás...
E pegar as nuvens do embevecimento
Recortá-las em emoção
e reconhecimento...

Trazer o meu tempo...de inocência e paz...
E gastar as cédulas do entorpecimento
Distribuí-las em paixão
e estremecimento

Ter o prazer do tempo...infinito e sagaz...
E tragar a névoa da felicidade
Condensá-la em fruição
e fraternidade

Ser o nascer do tempo...bonito e fugaz...
E ganhar a vida da maioridade
Defini-la em superação
e espontaneidade


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PROMESSAS


Sem mais promessas
que me convençam

Você faz remessas
de inúteis mensagens

Todas impressas
em coloridas maquiagens

Mas nenhuma promessa
que me convença!



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BRINCAR DE VIVER

Já que aqui estamos:
aproveitemos!

Das flores, as cores.
E as borboletas.

Dos amores, os sabores.
E as carícias.

Dos perfumes, os ciúmes.
E as delícias.

Dos romances, as nuances.
E as facetas.
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O Anjo da Morte


Disfarçado de dor,
ele chegou
me buscou


Simulacro do penar
ele ofertou
me dedicou


Arrebatado num fulgor,
me rendi
Em luz, me vi


Assustado num pasmar
me surpreendi
Em amor, me verti


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quarta-feira, 16 de setembro de 2009


PEREGRINO

É que meu próprio mundo
ficou pequeno
sufocado

É que meu Universo interno
explodiu
expandiu brilhos

É que meu Eu Superior
ficou consciente
despertado

É que meu próprio caminho
se abriu
se curtiu, andarilho

Peregrino das constelações...

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Melodia sem lágrima

Foi preciso que um quebranto
me atingisse em pranto

Para que um lindo manto
nos acolhesse em canto

Melodia do acreditar na dádiva
letra e harmonia que cativa

Transformando toda lástima
em uma vida sem lágrima



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Um chopp com MPB

Aqui nas terras gaúchas
Um violão e muita canção
É um prazer em comunhão

No barzinho, noite fria
Um chopp e afinação
É um convívio em bênção

O ritmo doce e popular
Um sorriso e composição
É um querer a curtição

No acorde da amizade
Um coro e muita paixão
É um delírio a satisfação

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domingo, 13 de setembro de 2009

(Mandala de Marcelo Dalla- Mandala Barroca)
Mostrei meus sonhos

No voo da borboleta
Inscrevi um passeio

Na sua asa colorida
Antevi um floreio

Mostrei meus sonhos
E cuidei do recheio

Ganhei duas asas
de liberdade e ponteio

Em viagem bonita
Ignorei o que era feio

Em vida de borboleta
Configurei meu esteio

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Plantando em nuvens




Minha criança é plantadora
em nuvens ela planta sonhos
em sonhos ela planta poemas
em poemas ela encanta...


Minha criança é sonhadora
nas nuvens ela sonha planetas
em planetas ela sonha estrelas
em estrelas ela acalanta...


Minha criança lavradora
nas nuvens colhe desejos
nos desejos colhe alegrias
nas alegrias colhe amizades
nas amizades ela agiganta!


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SIM, VOCÊ MERECE

Merece a si mesmo
Merece seu carinho
Merece seu apoio

Sim, você merece
ser sozinho
ser completo
ser cuidado

Você merece
teu olhar que te aquece
teu sorriso que te enternece
teu próprio dia que amanhece

Você merece se aconchegar
No você que se compreende
que se aprende
Que se preenche!

........

As marcas que o dia deixou

Em dia de sol
segui brincando
divertindo a brincadeira

Infância sem fim
onde demarquei
meus horizontes

Aqui em mim
ficou o que ousei,
a magia dos instantes

Em eterno dia de sol
aprendi brincando
curtindo de toda maneira

.......

REFLORESCER DE MIM

Percebo-me aquietada
Rendo-me à vida
Enleio-me fragmentada

São muitas partículas
compartilhadas
nas minhas caminhadas

Pedaços meus avivados
nos corações
dos amigos acalentados

São muitos amores
abençoados
nos meus predicados

Reconheço-me amada
Abro-me à vida
Batizo-me flor encantada

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sexta-feira, 11 de setembro de 2009


A INFINITUDE DO CORAÇÃO

O coração é terreno oposto à razão, esta que finda nas interrogações impossíveis, intrincadas charadas e vãs racionalizações...
Jamais a razão chega próxima do sentido das emoções brotadas no coração...tão distante e estrangeira que lhe foi impossível definir este terreno insólito, infinito, incrível borbotão da emoção...
Pois não é no órgão coração que vamos assistir ao nascedouro dos amores, das dores, das iras e soluços de agonia, mas no chakra cardíaco, o pulsar das energias, identificadas como emoções.
O sentimento pulsa ali, no lado esquerdo do peito, e a mente define: no coração!
Porque o centro de energia não se vê, não alcança-lhe o bisturi, não se arranca com a mão...É o centro da infinitude dos sentires, onde pulsa, vivo, o amor em manifestação!

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Levantemos um brinde à poesia!

Degustar doce vinho,
saborear cada gole
compassadamente,
dividir a poesia do carinho,
brindando cada verso
alegremente.

Poemas em chuvas de prata,
o doce versejar do porto,
o vinho poético em finas taças
provar da boa companhia
sabores...

sabores da realidade ,
sabores da epopéia ,
sabores da liberdade,
sabores de amores,
sabores da fantasia,
brindando nas taças da alegria
a amizade que contagia!

TIM TIM!

Gall Martins e Anorkinda
Quase

Sou botão quase a se abrir
Sou pendão pronto a colorir

Estou à espera do amor
Estou preparando o sabor

Sou pétala encolhida
Sou flor levemente colorida

Estou pronta, amor
Estou apurando teu sabor

.......


Minha energia Violeta

Na fluidez das sensações
raios violetas e energia
um nascer

Infância de doces emoções
cores violetas e sinergia
um crescer

Nas ondas-manifestações
luzes violetas e letargia
um florescer

Constância em sábias ações
dias violetas e magia
um transcender


.....
Multicolorido

As nuances destas cores
Teu voo me traz
Em graça

Os tons de tua vida
Estas cores
Mostram

O colorido de tuas asas
Estas luzes
Espalham

As belezas destas penas
Tua presença traz
Em fascínio


.....

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

(Visita surpresa- Josephine Wall)
VISITA SURPRESA

Quando na noite brilhou
a vida minúscula
Vi as companheiras
de toda uma vida

Quando o sorriso iluminou
a face menina
Vi que me respondiam
em completa sintonia

Quando a magia vibrou
os chacras todos
Vi meus versos de brinquedo
em real manifestação

Quando o tempo parou
os ponteiros do relógio
Vi a verdade dimensional
de cada rima minha

Quando o poema brotou
o elemental sonho
Vi o sentimento puro
no mistério da intuição


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O Anjo da Morte


Disfarçado de dor,
ele chegou
me buscou


Simulacro do penar
ele ofertou
me dedicou


Arrebatado num fulgor,
me rendi
Em luz, me vi


Assustado num pasmar
me surpreendi
Em amor, me verti


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Energia divina

Que venha do meio do céu
A tua força e me arrebata!

Que tenha o tamanho do céu
O teu poder e me transfigure!

Que reverta o escuro do céu
A tua cor que me inebria!

Que submeta o clamor do céu
E faça de mim sua poesia!

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